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Museu Histórico
Publicado em 21/06/2021 15:30 - Atualizado em 02/08/2021 15:15
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Museu Histórico de Aimorés
O Museu Histórico de Aimorés foi criado durante a Gestão do então prefeito de Aimorés, Jurandir da Rocha, através da Lei Municipal nº 1694 de 27 de maio de 2002, definindo sua localização inicial, os objetivos e estrutura do órgão. Baseado nessa Lei, também foi publicado a Portaria nº 483 com data de 06 de junho de 2002, nomeando os membros da primeira diretoria do Museu. A primeira Diretora da Instituição foi à senhora Maria Helena Calvão Caser. Para Vice – Diretor foi nomeado o senhor, Marco Aurélio Almeida de Oliveira.
A criação do Museu foi um ato de suma importância para a preservação e difusão da memória municipal. Essa Instituição, com sede própria e espaço para expor os acervos, arquivos e periódicos, retratando os diferentes momentos da história aimoreense, foi uma conquista para todos os cidadãos de Aimorés e também para pesquisadores e visitantes interessados na história do Município e da região do Vale do Rio Doce.
A primeira sede do Museu Histórico de Aimorés, definida na Lei Municipal nº 1694 de 27 de maio de 2002 foi na Avenida Rua Soares, nº 812, na Edificação onde funcionava o Mercado Municipal. Nesse Local, iniciou-se a instalação desse órgão cultural.
O acervo do Museu é composto por fotografias antigas de personalidades importantes na História do Município, objetos diversos, como máquinas de escrever, utensílios domésticos e profissionais de época, periódicos, artefatos indígenas, entre outros. Embora existam aquisições eventuais, a maior parte do acervo do Museu é resultado de doações dos cidadãos aimoreenses, que detém uma peça, objeto ou documento relevante para a História. Mediante a doação, os munícipes socializam conhecimento e ao mesmo tempo colaboram na preservação da História Local. Também ocorrem de alguém encontrar aleatoriamente algum objeto de valor histórico, fato comum em áreas rurais, e conduzir para catalogação e exposição no museu.
A primeira e talvez mais importante peça do Museu fosse encontrada por acaso. Trata-se de uma urna indígena de influencia da cultura tupi – guarani (de acordo com o arqueólogo André Prous), pertencente aos índios da tribo aimorés, os primeiros habitantes do Município. Essa urna foi encontrada no final da década de sessenta, durante escavações para construção da sede da AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil) em Aimorés. Como inexistia o Museu Histórico nesse período, a instituição ligada ao Banco do Brasil guardou o artefato arqueológico em suas dependências. Quando o Museu foi inaugurado foi realizada a doação. Atualmente a Urna Funerária encontra-se tombada pelo Decreto Municipal nº 051 de 25 de outubro de 2018 como Patrimônio Histórico – Cultural do Município de Aimorés.
No ano de 2009 o Museu Histórico de Aimorés foi transferido da edificação localizada na Avenida Raul Soares, nº 812 para outra sede, também na mesma Avenida, porém no nº 355, quase em frente à sede da Prefeitura Municipal de Aimorés. Todo o acervo foi transferido para a nova sede, que fora lotada pelo Executivo para tal função.
No ano de 2012 o Museu Histórico de Aimorés foi transferido para uma nova sede que fica também na Avenida Raul Soares, nº 300, ao lado da Prefeitura Municipal de Aimorés. Com essa ação o Museu Histórico de Aimorés passou a contar com sede própria evitando assim constantes mudanças de endereço, sempre comprometendo seu acervo. Atualmente, o Conjunto Urbanístico da Prefeitura Municipal de Aimorés e o Museu Histórico de Aimorés encontram-se tombados pelo Decreto Municipal nº 053 de 14 de novembro de 2019 por seus valores histórico e arquitetônico. O Acervo do Museu Histórico de Aimorés foi inventariado em 2011, na categoria Arquivo - Acervo Museográfico/Ficha 01/01.
Durante todos esses anos recebemos a visitação de um público heterogêneo: aimoreenses residentes no Município e no interior, estudantes, turistas nacionais, professores, arqueólogos como André Prous e Alenice Baeta, autoridades políticas (como governador do Estado), turistas estrangeiros como o cineasta alemão Wim Wenders, acompanhado de sua equipe cinematográfica francesa, e do aimoreense Sebastião Salgado, o cônsul da Alemanha em Minas Gerais, o cônsul da Alemanha no Espírito Santo, imprensa televisiva (Terra de Minas - Rede Globo), dentre outros.
Um público que podemos enumerar através do Livro de Registro das Presenças que totalizam aproximadamente 36.000 (trinta e seis mil) visitantes nestes 19 anos, sendo uma média de 2.000 (duas mil) pessoas/ano. O Museu Histórico de Aimorés está registrado no Instituto Brasileiro dos Museus (IBRAM) com o código: 5.47.64.7580.
O Museu Histórico de Aimorés também abriga o Setor Municipal de Patrimônio Cultural (SEMPAC) e é em suas dependências que ocorrem as reuniões do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (COMPAC), que vem atuando como órgão protetor e vigilante do Patrimônio Local, através de uma política patrimonial composta de Plano de Inventário, Inventários, Tombamentos, Educação Patrimonial, Difusão de Educação Patrimonial.
Um trabalho fundamental para a gestão do patrimônio e de relevância histórica e cultural de nossa terra, que se encontra sob a guarda desta Instituição Municipal.
O Museu Histórico de Aimorés tem avançado com a perspectiva futura de assegurar aos aimoreenses uma história bem alicerçada.
Atualmente, devido ao contexto pandêmico, o Museu Histórico encontra-se fechado às visitações. Todavia, foram criadas mídias para divulgação de pesquisas e do Acervo da Instituição para todos aqueles que se interessa em conhecer a Intituição.
Facebook: museuhistoricodeaimores
Instagram: @museuhistoricodeaimores
Email: museuhistoricodeaimores@gmail.com
Página Oficial da Prefeitura Municipal de Aimorés: https://www.aimores.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/museu-historico---pagina/27110
https://www.aimores.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/patrimonio-cultural---pagina/27111
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A URNA FUNERÁRIA
O Museu Histórico de Aimorés possui em seu acervo uma valiosa peça que encanta nossos visitantes: Uma urna funerária. A mesma é a peça mais antiga da instituição e é um importante instrumento da narrativa do passo dos nossos antepassados. A peça remonta aos primeiros habitantes da região de Aimorés.
A urna tinha uma finalidade ritual, isto é, trata-se de uma peça usada nos rituais fúnebres dos nativos locais. A peça possui mais de 900 anos. A mesma foi doada a esta casa e exposta no dia da inauguração. Segundo Maria Helena Calvão Caser “a urna foi trazida ao museu enrolada em uma manta com todo cuidado”. A peça foi encontrada onde é hoje a AABB. Na época estavam escavando o local onde abrigaria o Clube Recreativo do Banco do Brasil e na escavação encontraram o objeto. Na época, a urna ficou armazenada no sótão da ABBB, até que em 2002 veio para as dependências do Museu Histórico de Aimorés.
Atualmente a urna é um Bem Tombado, sendo propriedade de todo os munícipes, onde todos tem o dever de zelar pela sua preservação. A mesma fica exposta permanentemente ao público que visita o Museu. Convidamos a todos para conhecer e se aprofundar sobre essa belíssima peça do nosso acervo. Abaixo seguem os documentos de tombamento da Urna.
por Museu Histórico